segunda-feira, 6 de julho de 2009

Clarice

Quando soube que ela não mais existia aqui, meu peito ficou pequeno, um nó na garganta insistia em ficar atrapalhando e as lágrimas so tiveram meus olhos para escaparem. Muitas das suas palavras me tocam a alma com tanta delicadeza e outras me arrebatam da forma mais cruel e triste que eu ja senti, amo sentir esse sobe e desce de sensações, amo me sentir Clarice.
Tenho inveja da maneira clara e leve que ela descreve uma flor, um anjo, o mundo, tenho inveja da maneira certeira e humana que ela fala da alma, do universo e da gente. Tenho inveja das Clarices, mas luto pra deixar toda a trava, as amarras e os cajados para trás, porque quando eu conseguir soltar os cabelos, não sentirei inveja das Clarices, nem das Cecilias e etc.
Terei somente um peito cheio e dedos que escorrem palavras.

NoH Gomes

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