quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Eu e meus botões

As vezes nos falta conexão, entre dedos e fala, entre dedos e pensamentos, as vezes o fio da meada se dissolve e fica-se o silêncio, na maioria do tempo trabalho o som surdo, a falta de ruido e me observo como um turista curiso, sentado em um banco vendo a maior avenida de sua vida. Sou assim na maior parte das horas, um mergulho de silêncio, observo ou somente deixo a fluidez tomar conta, há momentos em que nada ecoa por aqui, nada mesmo, nem mesmo a brisa atrapalha, é um momento de entrega, eu sou tudo e nada ao mesmo tempo. Ja noutras esta tudo parado, abafado, congestionado e buzinas escandalizam e tudo me doi, ate mesmo o respirar, nessas horas de não foco me dou o direito de doer, mas passa, quando me dou o direito, melhoro, é rapido. Descobri esse banco aqui dentro,tem ate sombra, ainda falta água, mas é um bom lugar, lugar de marcar encontros internos e eu sou sempre pontual comigo, acho que isso deve ser evolução, mas caso não seja é pelo menos um lugar de paz.

Noh

3 comentários:

  1. Puxa, muito bom. Essa do banco interno achei o máximo! Seria como ter um jardim zen dentro de você. Gostei demais do seu texto. Arrasou, Noh!

    ♫ bjs boa semana ♫

    ResponderExcluir
  2. Ah... esses botões... tem uns que a gente nunca consegue abotoar, né? Faltam-lhe casas, parece! Muito bom,dear!!!!! Beijozzzzzzz!

    ResponderExcluir
  3. Sinto falta desse me deixar levar.

    Beijinhos
    Nai Melo

    ResponderExcluir