quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Quando ele chega

Tudo vira um silêncio gemido
um escuro abreviado

quando ele chega as pernas tremem
o coração amolece
e me transformo em água corrente

Tudo vira breu, fome e querer
um enorme completo quadrado

quando ele chega os braços pedem
as pernas se abrem
a boca suplica

Tudo vira um
um conjunto de movimentos

quando ele chega
eu entro, eu entrego eu me viro

quando ele chega eu chego também
tudo fica preenchido
mãos, pés, pernas, braços, bocas e afins

Quando ele chega, eu acordo.

Noh

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