sábado, 17 de julho de 2010

Ostras, Ouriços e Outras coisas a mais no dia

Por curiosidade comecei a ler, minha mãe sempre leu, lia a todo momento, trocava livros, comprava-os, ganhava e assim diante do meu olhar, fui ficando instigada,e pronto, depois do primeiro nunca mais parei, hoje tenho em sonho uma biblioteca em casa, quero estantes e mais estantes daquela madeira escura cheia de livros. Eu os cheiro antes de compra-los, eu os cheiro antes de lê-los, eu os cheiro assim que acabo, não sei porque, mania pode ser, assim que tenho nas mãos um dos livros que habitam minha lista de Quereres, subtamente tenho uma *felicidade clandestina, muitas vezes nem os leio de imediato, abraço-o contra o peito e espero a hora deles, ja passei uma semana namorando um livro na cabeceira. Hoje sigo atenta a capas, nomes principalmente, é, na verdade escolho livros pelo título, não me interessa a cor, a grossura, a figura, mas o título, esse sim me hipnotiza e me faz querer, sonhar, desejar e depois possuir, também tem isso, não os possuo de imediato, namoro um livro meses, não pelo dinheiro, mas pelo prazer de olhar, de trocar sensações e se meu namoro interno durar, eis que o compro e leio cada página degustando, me deliciando com o jogo das palavras, a brincadeira do autor.
É claro que nem sempre me encontro nas páginas, mas sempre há algo, nas entre linhas, nas letras miúdas de rodapés, há sempre algo a se ver, a se conhecer.
Mal começo a ler um e ja tem outro na lista, outro para ser enamorado, para ser conquistado, hoje, agora, leio a Elegância do Ouriço, por enquanto em cada página há letras minhas, coisas minhas, tão minhas que meus olhos não acreditam, a cabeça se alegra com a nova leitura, com a nova expectativa. Já o coração, esse vagabundo coração ja enamora um novo achado de ontem, um novo nome, um título no minimo curioso, Ostra Feliz não faz perola.
Vendo meu prazer, meu encanto por essas páginas meio amareladas, por letras garrafais ou não, em negrito ou itálico, cresce dentro de mim a vontade, aquela que é sempre tão guardada, tão confusa, mas tão latente, de quem sabe além de uma biblioteca, eu também não faça parte de uma, não como ser, mas como livro.

Noh Gomes

2 comentários:

  1. "Elegância do Ouriço" - gosto tanto desse livro que a frase que me define do perfil do blog eu tirei dele.
    Na minha história foi um dos melhores livros que passou - já o li mil vezes e ele mora na minha cabeceira. Nos dias em que me sinto triste o abro e sempre encontro algum momento de sabedoria de René.
    Nunca tinha lido ninguem falar desse livro - as pessoas comentam sobre os mais comuns ou sobre os best sellers do momento. Algum tempo depois que li esse li também "A Morte do Gourmet" que é da mesma autora.
    Adorei saber que "A Elegância..." anda nas cabeceiras por aí.
    Beijos

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  2. Livros. Livros e livros. De vez em quando me sinto um. Com boas, alegres, tristes e divertidas histórias pra contar. Em dias como os últimos, ou como o de hoje, também me sinto um, só que deixado numa estante vazia de uma casa sem nada, onde todos acabaram de se mudar e não se importaram com apenas... Mais um livro.

    Adorei o post! =)

    Eu geralmente assim que compro o livro já leio. Só que ao contrário de você, eu vou pela sinopse, e gosto pessoal mesmo. Até por que se formos pelos mais vendidos a gente acaba comprando alguma porcaria sobre vampirinhos modernos, hahahahahahahahahahaha.

    Se cuida, Noh! Beijos.

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