quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sobre isso e tudo aquilo que eu disse com os dedos

Acho o fim ser cruel, foi isso que eu disse, foi a ultima coisa que eu disse. Não espero as dez badaladas, não por medo de virar abobora, mas porque me cansa os dedos e a cabeça esperar seu sussuro ou sua mensagem. Ei garoto ta achando o que? Que eu vou ficar feito estatua viva esperando suas moedas, ou que vou chorar todas as pitangas do mundo so porque você não me viu dançar? Ei garoto, vamos ser firmes ta bom e não vamos culpar o outro por nossas falhas ou buracos, olha pra mim, estou aqui, sempre estive, todos os buracos coloridos e abertos, é claro que muitos estão fechando e eu os vejo sem medo, sei deles e não os escondo e devido a isso respeitei os seus, utopia minha né, achar que o mundo é isso, o mundo é melhor garoto, é maior, mais colorido e tem perfume de jasmim. E eu te disse, eu tentei dizer, se não foi por palavras, foi nos olhares, na boca que te queria, na loba que dançava ou nos dedos que você lia. Eu tentei e gostei do mês.

Obrigada
Noh Gomes

9 comentários:

  1. Noh, resolvi dar uma guaribada no meu mundo bloggistico e acabei achando esse seu post, rs

    uma expressão está vigente no meu vocabulário há muito tempo, eu a chamo de "escola da vida" por ser literalmente uma escola de aprendizados sobre a vida em vários quesitos: profissional, individual, relacional, enfim...
    O que você postou se inscreve nesta análise, pois muitas vezes temos a tendência de nos comunicar através de linguagens só nossas e não sabemos muito bem se estamos sendo compreendidos ou não.
    Afinal, o que acontece com os outros que desconhecem esse processo lento e meticuloso que é o amor? que não sabem quando têm que ceder, que ouvir e até mesmo aprender sobre como as coisas funcionam?
    Enfim... ontem me senti como uma estátua viva, parecida com essa que você ilustrou. Só que eu não era estátua por minha conta, mas sim por imposição de quem finge que escuta mas não escuta, de quem finge que olha mas não vê, de quem finge que sente mas não sente, numa luta desgastante para medr forças.
    quando não pude mais argumentar, virei realmente estátua por conta própria. encontrei no silêncio um amigo e um protetor.
    enfim... continuemos.

    abraço!

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  2. Reticências

    Primeiro, obrigada pela resposta, porque suas palavras foram uma resposta, uma de não solidão, uma resposta mais de pele do que de expressão. Eu li, vi os desenhos nas entrelinhas, vi estrelas e até um sorriso em algumas letras.
    Medir forças, medir egos, medir o que não tem medida, isso doi, isso marca feito fogo, e isso não é literal, é de gente com gente.
    Não sei o que me pertuba mais, ser estatua por mim ou pelos outros, mas enfim, ser estatua não me agrada, o silêncio sim, esse me acolhe todo dia mais.


    Querido um beijo do tamanho do seu mundo.

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  3. Ei amore que saudades tbemmm... aqui vc viu que te mandei o endereço por email né.. vamos marcar de encontrar semana que vem.. sem furo vamos?

    beijos pra vc e mariazinha

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  4. Noh,
    meu email está no perfil do blog.
    espero ansiosamente pelo que irás me mandar, rs
    abraços!

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  5. Não sei o que ficou mais bonito: seu post tão honesto, o comentário do garoto de reticências, ou saber que outras pessoas se expressam com todo o coração.

    'Eu tentei e gostei do mês'.

    honesto demais.

    bonito, bonito!

    beijo grande ;)

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  6. Belas palavras do reticências.

    Pelo visto, o mundo ainda tem chance pra vcs, meninas sabidas de suas dores.

    Dá pena saber que os demais - talvez me inclua, mas tenho os meus motivos - que andam por aí perdem tempo demais enchendo o copo, reparando na caneca alheia e mal percebendo que, enquanto discutem sobre banalidades materiais, outros mesmos reparam nas danças de quem quer ser vista, perdem tempo mirando o cano do fuzil pras dançarinas e similares, quando na verdade, a culpa, por ora, pode ser nossas, vossas, dele(a)s...

    Será que me expressei bem?
    Ah, essa minha incompetência.

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  7. Definitivamente nem eu entendi o que quis dizer.rs Expressos da meia noite com maquinista bêbado. Expressões fora de ordem, palavras trôpegas, e essa confusão toda.

    Ah, não me importa.

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  8. Oi Morena,

    Quis dizer que, por ora, ou, em alguns momentos, me identifico com "...mas sim por imposição de quem finge que escuta mas não escuta, de quem finge que olha mas não vê, de quem finge que sente mas não sente, numa luta desgastante para medr forças.", mas que às vzs me vejo do outro lado. E mediante à isso, quis demonstrar que, dependendo do lado em que se esteja, a gente sempre acaba por tomar atitudes, por outros mal-classificadas, mas que, de certa forma, pra gente parece ser a única solução. Não digo pelos demais, nemn acho justo, e nem tenho esse poder. Quis dizer que, ao menos comigo, tem horas que quero ser visto e não consigo, já em outras, sou chamado atenção, ignoro os sinais de fumaça, os sinalizados escritos "love", e acabo na madrugada, bêbado, sempre ao lado de um cachorro de praça que nem pra ser chutado serve.

    Captou?

    Mas sou feliz ( ou tento ser, sem engano ) assim. Cada um e cada um. Certo?

    MAis uma vez, consegui me definir? :o)

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  9. é, de certa forma estamos certos. cada um com seu tempo e sua situação. As vzs o amor grita, mas a gente tá com fone no ouvido, dilacerando dylan, raul ou qq um destes em alto e bom som. Em outros, a gente tá com óculos de camelô, desses mal fabricados que nos impedem de enxergar.E ainda tem as situações onde a gente, de fato, nem quer ver. Vá saber pq já que curtir, gostar, amar é sempre bom.

    Pena que tem pessoas que insistem em ver tal sentimento como um monstro, com medo, talvez por não se conhecerem - perde-se muito tempo vendo caldeirao do huck, bbb, novelas, filminhos açucar, etc - e aí não sabem como agir, como lidar, que hrs gritar, que hrs chorar - homem não chora, lembra? - e decidem assim, andar sempre com amores controláveis sob os braços, mas que em momento algum despertam qq tipo de emoção ou, como vcs dizem, frio na barriga. Certo?

    Ah, e eu tenho quase certeza que sou um destes que perdem tempo vendo baboseiras, que tenho medo, receio, mas que, vamos dizer assim, tenho uma puta sorte de vez em quando. :o)

    Bjs,

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