quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O que eu não sei e gosto de não saber

Não sei chorar em filme romântico
Não sei dizer eu te amo sem amar
Não sei dar nó em pingo dàgua
Não sei comer o pão que o diabo amassou

Não sei explicar a politica do nosso país
Não sei explicar a violência gratuita
Não sei explicar minhas crenças
Não sei explicar como se fez o mundo

Não consigo meditar de olhos abertos
Não consigo comer alface
Não consigo viver so de ligth, diet e afins
Não consigo pensar em um mundo sem brigadeiro

Não sei viver sem sorrir
Não sei viver sem Maria
Não sei viver sem flores
Não sei viver sem a escrita.

Não sei quase nada sobre mim, porque sei que sou maior do que pareço ser ou que imagino ser, mas gosto desse não saber e por isso vivo instantes e inteiros.

6 comentários:

  1. Nossa, metade! Que texto LIN-DO! Acho que esse é o texto mais lindo que vc já postou aqui no blog... Sem exagero, ficou bem ao estilo Clarice Lispector, viu?!

    Sua escrita é tão visceral, tão espontânea, tão "em carne viva", que quem lê é imediatamente arrebatado por sensações e sentimentos intensos...

    Continue, lindeza! Escreve muito, escreva mais! Seus textos são um presente para nós!

    Um beijo.

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  2. eu também não sei muita coisa e garanto, elas não me fazem falta... :)
    bjs

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  3. É a magia do não-saber, né? :)
    Se a gente descobre, perde a graça.

    Lindo, Noh.
    Beijos meus.

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  4. Tantas coisas sobre as quais não sabemos, nos dariam rugas, mau-humor, até fome!

    Gostei da delicadeza, a simplicidade, olha que curioso: foi desconcertante.

    Gostei muito da postagem e do seu blog.

    ;*

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  5. Noh, tão bom saber de tudo isso e ao mesmo tempo não saber nada ... inteiro e instantes é muito lindo. beijos da janela para vc

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  6. Não se saber por completo por se saber maior do que o explicável.

    A coisa mais bonita que eu li hoje!

    obrigada :)

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