Às folhas tantas de um livro de Matemática,
um Quociente apaixonou-se um dia doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base: uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.
Fez da sua uma vida paralela à dela,
até que se encontraram no Infinito.
"Quem és tu?" - indagou ele em ânsia radical.
Sou a soma dos quadrados dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
(Millôr Fernandes. Trinta Anos de Mim Mesmo)
Depois do poeminha, posso dizer
Há amor em tudo...
beijo
Noh
É há.....até na matemátrica existem os que se amam rs
ResponderExcluirBEIJO
Denise