quarta-feira, 31 de março de 2010

Sem data, com conversa.

Disse repetidas vezes, vai la, tenha coragem, você precisa acreditar, respirei fundo sei la quantas vezes, no cume da escada pedi a companhia, a ajuda e a guarda dos meus mentores, os que eu mesma escolhi. Não sei ao certo mas foram lá uns 5 minutos de conversa, tudo rapido, objetivo, claro e meus olhos mareados, não consigo segurar o nervosismo, sempre escapa aos olhos. Ele me vê de uma maneira muito sóbria, bonita mesmo e mesmo não gostando ou não entendendo foi compreensivo. Não me apertou as mãos, nem me abraçou, disse não prometer nada, mas me ajudaria no que fosse preciso. Subi as mesmas escadas com o coração leve, mesmo sem entender, mesmo sem ele ver, eu dei aquela olhadinha marota para trás, como se isso ja não fizesse mais parte de mim (e não faz), ajeitei o olhar e sentei novamente por mais uma vez no lugar que algum dia fora meu.

Noh GOmes

segunda-feira, 29 de março de 2010

sexta-feira, 26 de março de 2010

Li...

"Meu Deus, não sou muito forte, não tenho muito além de uma certa fé - não sei se em mim, se numa coisa que chamaria de justiça-cósmica ou a-coerência-final-de-todas-as-coisas. Preciso agora da tua mão sobre a minha cabeça. Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir. (...) Que eu não me perca, que eu não me fira, que não me firam, que eu não fira ninguém. Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor. (...) Sinto uma dor enorme de não ser dois e não poder assim um ter partido, outro ter ficado com todas aquelas pessoas"

Caio Fernando Abreu

terça-feira, 23 de março de 2010

Um adeus da janela

Despedidas não são eternas, pelo menos as minhas não tem sido, quando fiz o TempO da Cria foi a forma que encontrei de colocar o osso que estava a anos alojado na minha garganta para fora de mim, e eu consegui, e além de desengasgar conheci outras e outros tantos como a mim, e olha que me achava uma E.T. no mundo, conheci pessoas e palavras fantasticas e muitas delas estreitei laços e tenho uma baita admiração, que diga Gabi e minha metade Noele (não desmerecendo ninguém), mas hoje, nessa fase que escolhi assumir prefiro dar um Tempo na criação de palavras, não por não as ter, pelo contrario, mas é que preciso da energia delas, porque descobri que são delas que me alimento diariamente, mas preciso ser forte por mim e por quem depende de mim, aceitei mudar o rumo e estou felicissima com isso, mas preciso desse Tempo. Nesse canto aqui aprendi demais, especialmente aqui fui liberta de tudo, até demais, foi aqui que reconheci iguais, foi aqui que desabafei defeitos, foi por aqui que vi o que perdi (especialmente por não ser assimilida), por aqui vi quanto ganhei, vi meu real tamanho e proporção, foi aqui, nesse canto colorido que me entendi e me vi de verdade. Quanta coisa não é? Então eu nunca abandonaria esse meu pedaço, afinal estar aqui é um alivio no meu coração, uma terapia expressa e livre.
Eu to indo ali dar uma espiada e correr atrás do que eu sinto que é meu, então não estarei todos os dias como estive nesses longos um ano e la vai meses, mas venho sempre, especialmente ler os tantos outros cantos que eu me indentifico.
Obrigada por cada comentário, cada leitura, cada participação, cada frase e olhar.

Beijos vagarosos e únicos.
Noh Gomes

segunda-feira, 22 de março de 2010

Outro rumo, outro prumo

Quando o barco vai de acordo com o vento e com a correnteza, não adianta medo, não adianta olhar para trás, é seguir, independente de, é seguir sem peso, sem pressão, porque não tem outra maneira, é somente seguir. Então indo com a correnteza e com barco novo, eu vou, mas vou sem pensar nos pontos, no desembarque e no que fica.

Vamos remar muito, mas vale, vale cada remada, vale cada suor, afinal a meta e o paraiso estão juntos.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Sobre mim e contos, sobre você e mini trechos, sobre velhos pomares e entregas novas

Falo de quando acreditava que minha ancestralidade estava no ritual de cinzas, onde em um pote desenhado amarrava um fita de cetim vermelha, e aos prantos e flores, enterrava em meu velho pomar mais uma história que mudou de livro. Falo das palavras sorrateiras, aquelas que não sei de onde vem, mas consigo ve-las chegar e as coloco em vários lugares, eu não coloco porque mando, eu coloco porque sou mandada. Falo do dia em que vi seu recado em outra página, perguntando da morena bonita que estava ali, lembro da primeira conversa, da primeira saudade e do primeiro sonho na cama branca, são pequenos trechos de mim, são pequenos para caber no ante braço e fazer cocégas aos olhos. Falo da entrega que fiz a você, sem você saber, afinal a certas aberturas que não é preciso mostrar ou falar, é preciso querer e abrir a boca. Falo e falo, falo nas letras, acentos que não pontuo, não por não-saber e sim porque quero deixar aberto. Falo porque é assim que mostro que ha sangue nesse dedo que insisti em trabalhar. Falo porque canso, porque ranso, porque quero.

Noh Gomes

quarta-feira, 17 de março de 2010

Quanto tem você aqui

Quando olho pela a janela a sensação que tenho é que posso tocar o outro lado do mundo, chegar ate você, acariciar seu rosto enquanto dorme, é como se meus braços fossem do tamanho exato do meu coração. Nessas horas de descuido, onde deixo o que me aborrece na caixa fechada, penso em você e sorrio sem ver, é sorrir com os olhos, com a alma, e sinto um gosto bom, um gosto de morango e canela, isso me faz relaxar, me faz saciar, me faz te querer.

Noh Gomes

segunda-feira, 15 de março de 2010

Para queimar o que ja esta quente

Feche os olhos, se veja sentado na beirada da cama, pés no chão, nu, luz baixa, escolha a música que quiser. Respire fundo e aceite a brincadeira proposta, estatua, lembra dessa? Não pode mexer nada, nem um musculo, nem abrir os olhos, sinta, somente sinta. Me sento atras de você, adoro seu cheiro, sinto vc todo, passo meu nariz nas suas costas, na sua nuca, no cabelo, depois beijo vc do mesmo jeito, de baixo para cima, adoro beijar seus lados, pedaço por pedaço, adoro as pintas nas suas costas, acho um charme, você sorri com isso. Colo meu corpo no seu, encosto meus seios em vc porque sei que vc adora, me encaixo toda, pernas, quadril, coxa, ventre, barriga, tronco e cabeça. Passeio com as mãos pelo seu peito, pelo pescoço, brinco com sua cabeça, com seu cabelo, desço as mãos ate sua virilha, brinco de subir e descer, virilha e coxa, adoro isso, sinto a cada descida uma respiração mais forte. Você continua de olhos fechados e eu tenho um certo fetiche por isso, é como se eu pudesse beijar o mundo e ninguem ver. Passo com carinho minhas mãos na sua entrega, vc suspira fundo e me beija a cabeça. Mudo a posição, e me encaixo de frente a você, me encaixo literalmente em você, e vejo em vc o melhor sorriso do mundo, vc procura a minha boca e me beija com fome e com carinho, tento nao derreter, fica impossivel, você coloca suas mãos embaixo da minha bunda e me aperta e me levanta e me coloca no seu ritmo, ficamos assim, não sei falar por quanto tempo, mas ficamos e isso não tem preço, não tem hora, somente eu e você.

Beijo

Noh Gomes

quinta-feira, 11 de março de 2010

Precisava ser dito sem você entender

Mesmo sem norte, gritou aos outros cantos, chamou-os em voz alta, gritou para falar a verdade, e quando todos os três chegaram ela não perdeu tempo, juntou-os nas próprias mãos, firme não arredou um dedo do outro, correu noite a dentro ate chegar o dia, subiu a montanha da qual sempre teve medo, no topo, no limiar chorou, chorou descompassadamente, ali ninguem a veria e suas lágrimas que banhavam sua roupa foram criando flores, e ela chorava, e flores nasciam, bétulas e lirios brancos, o dia passava, a noite chegava, as mãos serradas, e o choro virando rio, o choro virando chuva, ela ficando nua, ficando pele, ficando só, e foi nesse momento de nudez, solidão, águas e flores, ela abriu as mãos e engoliu os cantos, todos eles, numa única respiração.

Noh Gomes

quarta-feira, 10 de março de 2010

Congratulations, girl.

** A sinceridade abusada do texto me fez pedir autorização para mostra-lo por aqui, sei que o texto é grande, e espero que a preguiça seja pequena, se deliciem, leiam porque é ótimo. **



É que hoje é o tal dia das meninas. Ah, nem viveria sem elas, sabe disso? Como manter a respiração contínua sabendo que ninguém nos espera, sabendo que não temos ninguém aguardando a chegada de vosso sorriso?? E digo isso num geral, saca? Mãe, prima, avó, irmãs, vizinhas, mulheres dos outros, as nossas mulheres, tudo gira em torno delas, é óbvio. Queimaram a porra do soutien, nos enfrentaram com bobs na cabeça e rolo de massa na mão, prontas pro espancamento em plena madrugada quando bêbados adentramos o lar delas. Sim, delas, nada é nosso. Somos figurantes ridículos e dispensáveis fronte ao que elas representam. A gente sustenta a casa – a gente homens, claro, eu não sustento nada ainda, só copos – mas, no fundo, o controle são delas. A gente não serve pra muita coisa mesmo. A gente deixa pentelho no sabonete, deixa a tampa levantada, muda o canal da novela na hora do jogo, arrota sem controle, peida debaixo do edredon, fica bêbado, come qualquer porra na madrugada, dilacera moelas fedorentas, come jiló com cerveja, coça o saco, deixa a luz acesa, ouve rock nas alturas, acha graça e emoção em filmes de sangue e porradaria...
Porra, por isso que deus não tinha mulher, também. Nem Eva agüentou Adão e o trocou por uma maçã ( foi essa a história? Não lembro ), ou uma cobra, sei lá, o que era até mais jogo pra elas. Só o tempo mudou, até hoje elas acordam de manhã, comem maça, fazem café, e no primeiro sinal de vacilo, trocam de cobra. E a gente, bobos e babacas, vamos trancafiar lágrimas mimadas e ódio e vingança nos botecos da vida. Sábio são José, Miguel, Zé, Jão, Severino e afins, esses nossos companheiros de boteco que não possuem mulher, andam sem controle, e se sustentam de birita e pão com ovo enquanto a dona morte não chega. Tá vendo? Até quem decide a hora de partir é “ela”. Não existem “ Senhor Morte”. ProcÊs verem em que estágio a gente está andando.E eu que ando desesperançado em tudo, fico sem saber como agir. Fico na dúvida entre o chute nas nádegas das que insistem em me perturbar, ou um chute frontal, diante do espelho, na minha própria fuça, quem sabe assim, na réstia esperança de que algo mude em minha patética e deliciosa vida. E nem ligo. Qualquer coisa, vou viver La ácida vita como qualquer um por aí. Sem essa de pasta social, camisa pólo e sapatos brilhando no elevador. Sem essa de reunião, fechamento de negócios, ou cantadas promissoras, “ oi, vamos almoçar amanhã? “, pra secretária do chefe. Nada disso anda me empolgando. Não quero achar digno a manceba que abre o jornal de manhã e fica toda toda lépida e faceira porque arrumou um emprego de telemarketing comissionada e pressionada pra atingir METAS. Pro caraleo, Jô. Sem essa de metas e planos. A idéia aqui é sorrir e ser feliz, sem aumento dos índices impulsionadores e responsáveis por futuros AVC´s, estresses, quedas de pressões, só porque tal resultado não foi atingido e que assim teu inescrupuloso chefe receberás chamadas da hierarquia superior. Pro cú, com tuas benfeitorias de funcionário do mês. Vestir camisa da empresa pra mim é jogar uma pelada pela firma num sábado calorento sob pretexto de tomar umas geladas. Nessas horas sim, a gente emite nota, recibo e envia pra Tesouraria da corporação de modo a ser ressarcido. São nessas horas somente que a parada precisa funcionar. O resto nem é de tanta valia. Sou mais enfrentar a selvagem concorrência dos pedintes da cidade maravilhosa e ir à luta por trocados e miúdos.
Mas porque eu to falando tanta merda? A intenção nem é essa. Quero apenas é parabenizar todas as afoitas que ululam madrugada a fora, querendo coisas adentro e/ou similares de suas desconquistas nada parcimônicas. Meus aplausos hoje são pra elas. As que adentram os recintos e quebram tudo, quando se vêem “ameaçadas”, pela gostosa morena de saia pequena, salto alto e tatuagem no cóccix. Pelas que insistem em checar e rechecar nossos bolsos quando chegamos ao encontro delas. Pelas que fuçam nosso celular enquanto cagamos, pelas que ficam atentas quando nossos celularem vibram com as msgs recebidas, e querem conferir se realmente aquele torpedo falava da nova promoção da Claro, e que não era nenhuma “vadia”, “rampeira”, “piranha”, que, na cabeça delas, a gente tem pelas ruas.(onde já se viu?). Meus préstimos aqui são pras que adentram o restaurante exalando aquele perfume alucinante. Pras que marcam com a gente, demoram 10 minutos, mas compensam quando chegam lindas e quando arrancam olhares dos terceiros do local, nos fazendo sentires invejados, orgulhosos, encarando-os, como se gritássemos: “TÃO OLHANDO O QUE, CARAJO? ELA É MINHA, TÁ COMIGO, C-O-M-I-G-O, ELA ME QUER, ME GOSTA, ME AMA, E HOJE A NOITE, ENQUANTO VOCÊS ESTIVEREM ARROTANDO BISCOITO TORCIDA E AMENDOINS COMPRADOS NO CAMELÔ, ESTAREMOS TENDO UMA NOITE DE SEXO SELVAGEM”, das que fazem as outras mulheres do recinto as olharem invejosas, colocando defeitos na unha, no cabelo, no jeito de andar, na roupa, ou em qualquer coisa que as denunciem: “EU QUERO SER COMO ELAAAAAAAAAAA. AH, QUE MULHER ESCROTA. BONITA PRA CARALEO, DEVE SER TRAVESTI OU PUTA. NÃO EXISTE MULHER ASSIM.”
Meus fogos de hoje são pra estas, que brigam conosco quando passamos do ponto da bebida, que reclamam quando acordamos tarde, que não a ajudamos em nada, que molhamos o banheiro todo, que deixamos a toalha na sala, as meias na mesa, a cueca dentro do escorredor de pratos, que deixamos de acertar a conta do gás porque sobrou somente uma grana pra cerveja, das que nos recebem sedentas, com “fome”, “sede”, das que, em meio à madrugada, nos acordam, querem ser despertadas, acordadas, pra depois dormirem felizes para sempre, como toda princesa merece. Hoje minhas explosões vão praquelas que negam fogo, que nos provocam na rua, as que trocam olhares, desejos e vontades com a gente, das que nos comem com os olhos, das que são comidas por picas, das que pedem “mais forte, porra”, das que imploram “ não para, por favor, não para...”, das que gemem alto, das que soluçam baixinho, das que nos reprovam com olhares quando mandamos alguma gracinha errada, das que enlouquecem quando são dominadas, das que mordem o travesseiro, das que reviram os olhos, das que explodem em gracejos indecifráveis, das que nos xingam deliciosamente, das cachorras, das safadas, das puritanas, das putas camufladas, das putas putas, das falsas puras, das profanas, das damas da lotação, das bonitinhas, mas ordinárias, das rampeiras assumidas, das candangas que não sabem o que querem e mudam de opinião em segundos, das Maria-qualquer-coisa, das que só bebem coca, das que bebem cachaça, das que lêem Bukovski, Beats, das que nem sabem ler nas entrelinhas, das que fogem da linha, das que reclama de tudo. Meus dizeres hoje são pra vocês. Mais que merecido.
Meus desejos de felicidades e vida próspera são pra vocês, mulheres pequenas, enormes, pras baleias, pras saradas, pras normais, pras gordas, pras falsas magras, pras deliciosas negras, ruivas, loiras, morenas, brancas, pardas, pras que não tem bunda, pras que tem muito peito, pras que possuem celulite, pras que freqüentam a praia, igreja, macumba, pras que me traíram, pras que traíram o marido, noivo, namorado comigo, pras que chuparam meu pau, pras que dão o cú, pras que pedem mais sempre, pras que nunca dão de primeira, pras que fazem swing, troca de casais, pras que fumam maconha, pras que se perdem, pras que nunca desejam ser achadas, pra que dão na escada, no carro, pras que adoram ser chamadas na hora H de putinha, cachorra, safada, vadia, pras que são vagabundas mesmo, e assumem, pras que ainda estão no caminho aprendendo o processo, pras velhas salientes, pras novinhas ainda ingênuas, pras filhas, irmãs, mães, avós, cunhadas, vizinhas. Meus sinceros votos pras que gostam de leitinho na cara, pras que possuem nojo, pras que beijam mulheres, pras que gostam de 2, 3, 4 ao mesmo tempo, pras que dão por amor, pras que dão por dinheiro, pras que dão por carência, pras que dão simplesmente por dar, pras que dançam todas as músicas com a mão pro alto, pras que cantam sempre, pras que perdem o salto, mas não a compostura, pras que nem exigem postura, pras caras, pras baratas, pras ricas e pras duras, pra Hebe, pra Xuxa, pra Elza Soares, pra falecida Dercy, pra minha, pra tua, pras deles, pras delas, enfim, minhas singelas bitocas e passadas de mão na bunda caída de todas as mulheres – e as que se consideram mulheres, sem preconceito, vamos lá – desse mundão. Que continuem assim, nos tirando a paz, nos deixando loucos, nos fazendo assassinar amigos, amantes e maridos, seja pela herança, seja pelo suposto amor, que sigam com essa raba pra lá e cá, provocando os peões de obras, os porteiros paraíbas, deixando tinindo de raiva as barangas sem rola, fazendo com que gastemos o que temos e o que não temos, simplesmente pra nos sentirmos entrando e saindo de dentro de vocês....
Não vou me alongar, até porque tenho um encontro saliente, mas gostaria de deixar meus mais sinceros votos de castidade e meus profundos desejos de que continuem dando, cedendo, forçando, provocando, sustentando, implicando, supondo, sustando, superando e qualquer coisas parecida com isso, para que permaneçam e sejam sempre esse pesadelo em nossas vidas, e que, quando morrermos, vocês troquem apenas de homens, prossigam suas vidas com novos delinqüentes, com nossas heranças, e aquele leve e maroto sorriso no cantinho do rosto, digno e visto sempre nas pessoas que sabem viver La dolce e que não vieram ao mundo pra dançar...

http://papodedanibar.blogspot.com/
Daniel Souza

terça-feira, 9 de março de 2010

Coisas do Dia a dia e sem mais

As vezes é preciso mais do que silêncio, é necessario um desligar, ontem quando disse que me vi fora do contexto, fora da correnteza, me senti só. Não é um só regado a solidão e a tristeza que isso pode trazer, senti um sozinho com compaixão, somos um, somos feito do mesmo material, viemos da mesma massa, da mesma árvore, e quando olho a minha volta e vejo meus semelhantes, partes minhas cegas, sinto mais compaixão do que dor. Não sei explicar como gostaria, mas estou tentando olhar para mim e tentar entender o que o mundo quer me mostrar que eu ainda não vejo, e olha que uso óculos. Não acredito em coincidências, acredito que acontece o que é necessario, escolhas, então sinto um vacuo dentro de mim, o que também não é ruim, porque so acredito que posso encher um pote quando ele esta vazio, então.
Não sei bem o porque estou dividindo isso, acredito que possa ser que lendo isso depois eu possa ter um sinal, ou algo do tipo que me mostre o que preciso, se é que preciso, porque isso também pode ser so mais uma peça do Ego fudido que tenho.

É isso que dá ler certos livros rsrs
pra quem se interessar o nome é Pássaro Raro...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Fora do giro

Não sei como, mas é que hoje me vi fora do carrossel do mundo, como consegui eu também não sei dizer, mas me vi do lado de fora, como se estivesse olhando uma tela viva, eu ali parada, imovel e a observar. Tudo roda rápido, pessoas mais parecem um exercito de formigas, guiadas por uma força invisivel, todas elas iguais, carros, ônibus, fumaça, buzinas, corre corre, e eu ali parada, respirando devagar, sentindo o sol e o carrossel a girar.

Meu coração esta em paz agora.

sexta-feira, 5 de março de 2010

O Pássaro Raro

"Consta que o mundo tem muitos anos. Porém raramente ele dura mais de um século. Somos nós que envelhecemos. Enquanto vierem pessoas ao mundo, ele terá o mesmo viço e frescor do sétimo dia, no qual Deus descansou.
Neste momento, somos testemunhas de uma criação. Ela desponta diante de nossos olhos, em plena luz do dia: um mundo surge do nada...
E ainda assim existem pessoas que ficam entediadas!

A maior parte do tempo o mundo desperdiça dormindo. A maior parte do espaço também.
Apenas de vez em quando, ele esfrega os olhos e desperta para a consciência de si mesmo.
- Quem sou eu? - indaga o mundo
- De onde venho?
Por alguns segundos, o pássaro raro pousou em nosso ombro.

Jostein Gaarder

quinta-feira, 4 de março de 2010

Certamente Felicidade esta no ar

Minha felicidade esta ai. Nessas horinhas de descuido e cuido.
Onde posso ser somente Eu, de pés no chão e cabelos bagunçados.
Ser feliz é de uma facilidade tão grande e tão boba,
que explicá-la torna-se banal, desnecessaria e impossivel.
Um brinde aos corações abertos.

Noh Gomes

quarta-feira, 3 de março de 2010

Resoluções e Quereres de um Ano Mudança

Não vou prometer nada, começo bem, então nada de peso e culpa. Esqueço tudo de ruim e desgosto de anos anteriores, incluo aí pessoas, sentimentos e feridas. Tentarei (preste atenção nisso), tentarei ser mais compreensiva com o tempo, aprender a esperar a minha vez, isso mesmo, minha vez no amor, na paz, na vida e sendo assim aprendo a me entender com mais calma e leveza.
Olharei com mais alegria o céu de todo dia, sol, luar, chuva e cinza, independente de tudo, olharei e lembrarei de agradecer. Viverei minhas amizades com mais amor, mais presença e mais respeito e isso é bonito.
Tentarei abrir sim, portas e janelas internas, mas lá dentro nem sempre entrará quem quer, somente quem eu convidar, e mesmo convidando a quem não irá querer ficar, então saberei chegar à janela e acenar um bonito Adeus sem lágrimas e tortura. Escutarei cada vez mais Bethânia e irei ler mais Clarice, Anais, Caio e Gabriel. Também tentarei não esquecer meus sonhos, nem certos gostos e gestos. Comerei brigadeiro de panela uma vez ao mês, não ficarei louca com dietas e nem quilos a mais. Continuarei caminhado anoite, lendo Ruth Rocha para a Maria e conversando com Nossa Senhora do Silêncio.
Olharei-me no espelho todos os dias e direi convicta que a imagem que vejo e reflete é sim muito Feliz por ser quem é e como é.

Amém 2010.

Noh Gomes